Fumar prejudica a função pulmonar e dificulta o combate ao coronavírus Dia Mundial Sem Tabaco proteger os jovens contra a manipulação da indústria tabaqueira
Serviços de Saúde
2020-05-31 00:31
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Para chamar a atenção global sobre a prevalência do tabaco e prevenir doenças e mortes causadas pelo tabaco, a Organização Mundial da Saúde celebra, anualmente, a 31 de Maio, o “Dia Mundial Sem Tabaco”. Este dia foi assinalado em Macau sob o tema “Proteger os jovens contra a manipulação da indústria tabaqueira e evitar o consumo de tabaco e nicotina”.

Prevalência do tabaco a nível mundial está a diminuir gradualmente

A Organização Mundial da Saúde divulgou um relatório sobre a tendência do consumo do tabaco a nível mundial em Dezembro de 2019. O relatório afirma que o consumo global do tabaco está a diminuir gradualmente. Em 2000, cerca de um terço (33,3%) da população mundial com 15 anos ou mais consumia tabaco, tendo esse valor caído para 24,9% em 2015 e prevendo-se que este possa ainda baixar para 20,9% em 2025.

O número total de indivíduos que consumiam tabaco em todo o mundo diminuiu de 1.397 mil milhões em 2000 para 1.337 mil milhões em 2018, correspondendo a uma redução de cerca de 60 milhões de pessoas. Pese embora tivesse existido uma redução sobretudo na população feminina, nos fumadores do sexo masculino há, pela primeira vez, um crescimento nulo em 2018, o que indicia uma nova tendência de decréscimo. Dado que os homens representam a grande maioria dos utilizadores do tabaco, este declínio é de grande importância para a política de controlo global do tabaco. Se os países fortalecerem a implementação das seis medidas abrangentes de controlo do tabaco “MPOWER”, espera-se reduzir ainda mais a população de utilizadores do tabaco e a abstinência tabágica tornar-se-á uma nova tendência no futuro.

A prevalência de tabaco em Macau regista uma tendência de queda

A prevalência do tabaco em Macau revela uma tendência alinhada com a do mundo. De acordo com os resultados da “Investigação da situação de consumo de tabaco pela população de Macau 2019”, a população com idade de 15 anos ou mais é de 63.300, o que representa uma redução de 17.600 face a 2011 (antes da entrada em vigor da nova lei do controlo do tabagismo). A taxa de consumo de tabaco da população foi de 11,2% em 2019 (21,9% do sexo masculino e 2,4% do sexo feminino), enquanto a taxa em 2011 foi de 16,9%, correspondendo a um decréscimo em termos relativos de 33,7%. A taxa de consumo de tabaco do sexo masculino baixou de 31,4% em 2011 para 21,9% em 2019, o que representa uma redução em termos relativos de 30,3%; enquanto a taxa de consumo de tabaco do sexo feminino diminuiu de 3,8% em 2011 para 2,4% em 2019, o que representa uma redução em termos relativos de 36,8%.

Com efeito, todos os três indicadores já alcançaram os objectivos definidos pela Organização Mundial da Saúde - as taxas de consumo de tabaco deverão ser reduzidas em 30% no período de 2010 a 2025-, o que demonstra a eficácia da implementação das seis medidas de controlo de tabaco “MPOWER” em Macau com resultados extraordinários. Por outro lado, a taxa de exposição ao fumo passivo dos residentes em Macau caiu de 30,3% em 2011 para 17,2% em 2019; a taxa de exposição do fumo passivo em estabelecimentos de comidas e bebidas em recinto fechado diminuiu de 93,0% em 2011 para 7,1% em 2019; a taxa de exposição ao fumo passivo no local de trabalho diminuiu de 53,6% em 2011 para 10,3% em 2017. A exposição ao fumo passivo em recinto fechado reflecte a maior consciencialização do controlo do tabaco por parte dos cidadãos e também repercute o fenómeno de declínio da prevalência do tabaco.

Proteger os jovens contra a manipulação da indústria tabaqueira

A situação global de tabaco está a diminuir, mas a indústria tabaqueira está adoptar várias estratégias para desenvolver o mercado junto dos jovens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que, há cerca de 8 milhões de pessoas que morreram anualmente por causa de consumo de tabaco. Os documentos internos da indústria de tabaco revelaram que os jovens são alvo preferencial do mercado, através do design do produto e das técnicas de marketing, para tentar aliciar os jovens como novos consumidores, de modo a substituir as pessoas que morrem prematuramente todos os anos devido às doenças relacionadas com o tabaco.

Nos últimos anos, a indústria de tabaco tem desenvolvido novos produtos de tabaco para aliciar os jovens, incluindo os cigarros sem combustão e electrónicos, com as técnicas de marketing de padrão habitual: o design de produtos é requintado e sofisticado; disponibiliza diversos sabores mais ao agrado dos jovens; alega que os produtos de tabaco são “menos prejudiciais” ou “menos nocivos”; patrocina celebridades ou pessoas influentes e actividades de marcas famosas; o marketing indirecto é feito através dos meios de comunicação social; foram instalados “pontos de vendas” nas lojas frequentadas por crianças e adolescentes, entre outros.

Face ao exposto acima, no Dia Mundial Sem Tabaco deste ano, a OMS apela a todos os países para promover a comunicação entre as pessoas influentes provenientes do sector da cultura, da comunicação social, das famílias e das escolas, e os jovens, explicando-lhes que são a próxima geração de fumadores e as técnicas adoptadas pela indústria de tabaco para aliciá-los, a fim de proteger os jovens contra a manipulação da indústria de tabaco e evitar o consumo de tabaco e nicotina.

Proibição de venda de produtos do tabaco a menores de 18 anos

De acordo com a Nova Lei de controlo do tabagismo vigente, é proibida a venda de produtos do tabaco a menores de 18 anos, e a publicidade, promoção e patrocínio ao tabaco, bem como a exposição de produtos do tabaco, nomeadamente, nos pontos gerais de venda. Tudo isto visa impedir a exposição dos jovens ao tabaco, até um certo nível. Os Serviços de Saúde têm fortalecido a promoção e a educação sobre a prevenção do tabagismo, em especial, junto dos jovens, a fim de reforçar a sua consciência sobre os malefícios do tabaco, os objectivos e estratégias de indústria do tabaco para aliciar as pessoas contemporâneas e a próxima geração a adquirirem produtos do tabaco e nicotina, bem como reforçar a sua capacidade no combate ao tabaco e abster-se do consumo de produtos do tabaco, no sentido de alcançar a meta de redução da população de fumadores.

Fumar causa danos nos pulmões e dificulta o combate ao coronavírus

Por outro lado, a OMS indicou que o fumar pode prejudicar os pulmões e aumentar o risco de pneumonia grave causada pelo novo tipo de coronavírus. A nova pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus é uma doença infecciosa que afecta principalmente os pulmões. Portanto, fumar prejudica a função pulmonar e dificulta a resistência do organismo humano contra o coronavírus e outras doenças. O tabaco também é um importante factor de risco para doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, oncológicas, respiratórias e a diabetes. As pessoas portadoras dessas doenças têm maior risco de doenças graves, caso sejam infectadas pelo novo tipo de coronavírus, pelo que os Serviços de Saúde apelam a todos os cidadãos para absterem-se de fumar para bem da sua saúde e da saúde de outras pessoas. (Linha verde para cessão de tabagismo: 2848 1238)

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