Divulgação da Balança de Pagamentos da RAEM
Autoridade Monetária de Macau
2019-08-22 15:02
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Estimativa Preliminar para 2018

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) divulga hoje a estimativa preliminar da Balança de Pagamentos (BP) da RAEM para o ano de referência 2018. Composta pela conta corrente, conta de capital e conta financeira, a BP é um registo estatístico integrado que apresenta os resultados das transacções externas entre um sistema económico e o resto do mundo.   

Em 2018 as fortes exportações de serviços turísticos determinaram a continuidade de um acentuado superavit registado na conta corrente, no valor de 158,0 mil milhões de patacas. Além disso, os activos financeiros líquidos não reserva, que são os principais componentes da conta financeira, registaram um significativo aumento de 141,8 mil milhões de patacas, sobretudo devido ao notável crescimento dos activos financeiros no exterior, quer dos residentes, quer do sector público.

As exportações de mercadorias subiram 11,7% em termos anuais, enquanto as importações de mercadorias (valor de f.o.b.) cresceram 5,6%. O déficit comercial de mercadorias aumentou de 84,4 mil milhões de patacas em 2017 para 88,2 mil milhões em 2018, dada a supeioridade do valor base das importações relativamente ao das exportações. Enquanto isso, as exportações de serviços subiram 12,8% em 2018, em consequência da ascensão das exportações de serviços turísticos, enquanto as importações de serviços aumentaram 10,9%. Portanto, subiu entre 2017 e 2018 o superavit registado na conta de serviços, de 275,0 mil milhões para 310,8 mil milhões de patacas.

Nos rendimentos primários, que reflectem os fluxos transfronteiriços dos rendimentos dos factores, o valor da entrada aumentou entre 2017 e 2018, de 42,2 mil milhões para 56,2 mil milhões de patacas, enquanto o valor da saída subiu de 75,0 para 92,4 mil milhões, registando-se em 2018 uma saída líquida de 36,2 mil milhões de patacas. A conta de rendimento secundário, que inclui as transferências correntes entre residentes de Macau e não residentes, registou uma saída líquida de 28,3 mil milhões, o que representa um aumento de 4,9 mil milhões de patacas face ao ano de 2017.

O superavit da conta corrente atingiu 158,0 mil milhões de patacas, tendo crescido 23,7 mil milhões, face a 134,3 mil milhões em 2017, visto que o enorme superavit observado no comércio de serviços compensou o déficit da balança comercial, bem como as saídas líquidas de rendimentos primários e secundários.  

Os activos líquidos financeiros não reserva registaram uma saída líquida de 141,8 mil milhões de patacas em 2018, ou seja, mais 6,1 mil milhões face à registada em 2017. Salienta-se que a saída líquida de investimento directo cresceu entre 2017 e 2018, de 9,4 mil milhões para 24,1 mil milhões de patacas. Entretanto, o investimento de carteira registava em 2018 uma entrada líquida de 34,3 mil milhões, contra uma saída líquida de 84,0 mil milhões em 2017, quer devido ao significativo abrandamento da subida do investimento em títulos externos dos residentes de Macau (incluindo indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo as reservas cambiais da RAEM), quer em consequência do aumento de títulos de dívida emitidos por instituições financeiras locais, nos quais investiram pessoas não residentes. A par disso, os ativos externos dos bancos locais aumentaram consideravelmente em 2018, enquanto a saída líquida de outros investimentos subiu de 44,7 mil milhões em 2017 para 154,5 mil milhões em 2018. Por seu turno, os derivados financeiros registaram em 2018 uma entrada líquida contínua de 2,5 mil milhões de patacas.

Os activos de reservas constantes na conta financeira reflectem essencialmente o movimento das reservas cambiais da RAEM detidas pela AMCM. Os activos de reserva baixaram de +1,6 mil milhões de patacas em 2017 para -2,1 mil milhões em 2018, após deduzida a influência de factores como as variações de preços. A BP global registou em 2018 um défice no mesmo valor de 2,1 mil milhões. Considerando o enorme superavit registado na conta corrente, o défice da BP global foi provocado sobretudo pelo contínuo aumento dos investimentos em activos financeiros no exterior lançados pelos residentes locais e pelo Governo da RAEM.

A BP da RAEM é compilada de acordo com o padrão promovido pelo “Manual da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional” (6ª edição), editado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Os dados resumidos disseminados presentemente incorporam as estimativas estatísticas preliminares, sendo os dados revistos publicados posteriormente em relatório estatístico pormenorizado, a divulgar em Dezembro de 2019.

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