Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi realizada hoje, impulsionando o papel de Plataforma de Macau e a promoção da cooperação multilateral
Autoridade Monetária de Macau
2019-05-31 18:31
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A “Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) – 2019”, organizada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), realizou-se, pela primeira vez, hoje (dia 31), em Macau. A conferência contou com a participação de representantes das instituições financeiras do Interior da China, dos Países de Língua Portuguesa e de Macau, e no seu decurso foram analisadas e trocadas, de forma aprofundada, ideais e sugestões sobre a forma de promover a cooperação financeira multilateral e o modo de Macau explorar melhor as suas vantagens decorrentes da “Plataforma de Prestação dos Serviços entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

O Dr. Chui Sai On, Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, o Dr. Ho Hau Wah, Vice-Presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Dr. Yao Jian, Subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau, Dr. Leong Vai Tac, Secretário para a Economia e Finanças da Região Administrativa Especial de Macau e os representantes dos bancos centrais da China e dos Países de Língua Portuguesa foram convidados de honra desta Conferência.

Criar condições para construir uma base de formação de talentos financeiros para os Países de Língua Portuguesa em Macau

O Dr. Leong Vai Tac no seu discurso de encerramento disse que decorreu pela primeira vez em Macau, a “Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, tendo sido criada uma nova plataforma de cooperação e intercâmbio, tendo-se consagrado assim o papel de Macau enquanto “Plataforma de Prestação de Serviços Financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Macau, seguindo a posição e as medidas de apoio dadas pelas “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” e em articulação com a direcção do desenvolvimento do sector de Macau nos últimos anos, estão em linha com a orientação que tem sido seguida por Macau, nos últimos anos, no que respeita ao desenvolvimento sectorial, pelo que estamos a desenvolver os maiores esforços para promover o desenvolvimento de determinadas actividades financeiras com características próprias, nelas se incluindo a locação financeira, a emissão de obrigações e as finanças verdes. Com efeito, temos a expectativa de através de uma articulação exacta entre os novos sectores das actividades financeiras com características próprias, os elementos e os componentes integrantes que sustentam a “Plataforma de Prestação de Serviços Financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa” de Macau possam ser continuadamente enriquecidos, além do aproveitamento pleno da rede de conexão existente entre Macau e os Países de Língua Portuguesa, no sentido de promover o aprofundamento contínuo da cooperação financeira recíproca entre a China e os países de língua portuguesa, contribuindo para o processo de internacionalização do RMB.

O Dr. Leong Vai Tac disse que, a emissão recente das “Obrigações Panda” efectuada pelo Estado português, operação esta com grande sucesso, contribuiu de forma positiva para a área da cooperação financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, à qual se tem destacado especial atenção. Desde a entrada em funcionamento da plataforma local para negociação das obrigações que teve lugar no ano passado em Macau, esperamos que Macau possa prestar serviços relacionados com a emissão de obrigações, principal actividade do mercado de capitais, contribuindo desta forma para o aumento do número de projectos de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa e para as empresas dos Países de Língua Portuguesa. Por outro lado, o contínuo aprofundamento da cooperação financeira inter-regional conduzirá à procura crescente de talentos nas respectivas áreas. Macau está a tentar, através do desenvolvimento da cooperação com os estabelecimentos de ensino superior, aproveitar as capacidades dos peritos chineses na área financeira, criando assim condições para que Macau possa constituir um centro de formação para os talentos na área financeira dos Países de Língua Portuguesa.

No seu discurso, o Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau Chan Sau San salientou que o volume das transacções comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem vindo a crescer de um nível de 18,3 mil milhões de dólares americanos (em 2004) para um valor próximo dos 150 mil milhões de patacas (em 2018), tendo-se verificado uma expansão das áreas de cooperação, que consistiam, no início, apenas no comércio de mercadorias, tendo-se alargado aos diversos campos de actividades, tais como o das infra-estruturas, dos recursos naturais e das finanças, etc.. Assim, manifestou a esperança na continuidade da prossecução dos objectivos relacionados com a obtenção de benefícios mútuos e de interesses comuns na área do comércio internacional e dos investimentos, através do aproveitamento contínuo pelos Países de Língua Portuguesa do papel de Macau enquanto plataforma, consubstanciado na consolidação dos laços comerciais bilaterais ou multilaterais, no aprofundamento da cooperação das diferentes áreas financeiras e no pleno aproveitamento das vantagens específicas das partes envolvidas, etc.

O Banco Popular da China: Sugeriu o estabelecimento de um mecanismo para realização regular de reuniões entre os governadores dos bancos centrais da China e dos Países de Língua Portuguesa

Os representantes dos bancos centrais da China e dos Países de Língua Portuguesa proferiram os seus discursos sobre o tema da conferência e partilharam os seus pontos de vista sobre o desenvolvimento e as características económicas, práticas de políticas, respostas aos desafios das mudanças económicas e comerciais globais, bem como a promoção de Macau como plataforma para a cooperação financeira multilateral entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Entre eles, o Dr. Carlos da Silva Costa, Governador do Banco de Portugal, disse que a posição do RMB no mercado monetário internacional está, continuamente, a aumentar, tornando-se uma das opções de moeda de investimento.

A Dra. Huo Yingli, “Directora General of the Macro-prudential Policy Bureau of the People’s Bank of China”, afirmou que nos últimos anos a abertura financeira da China tem vindo a avançar de forma estável e a cooperação económica e comercial com os Países de Língua Portuguesa alcançou resultados notáveis, promovendo, assim, a cooperação financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, através da oportunidade de construção da “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. O Dr. Zhang Zhengxin, “Deputy Director-General of the International Department of the People's Bank of China”  sugeriu que seja equacionada a possibilidade de estabelecer o mecanismo de realização regular de reuniões, com base nas experiências da “Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Ele adiantou que o Banco Popular da China e a Autoridade Monetária de Macau assinalarão o acordo cambial recíproco, no sentido de apoiar Macau no reforço da própria capacidade em relação à regularização das transações em RMB, face aos países de língua portuguesa.

O Dr. Rogério Lucas Zandamela, Governador do Banco de Moçambique, afirmou que o RMB ocupa 10% das reservas cambiais do país e, acompanhando o aumento contínuo do comércio com a China, prevê que o uso de RMB a nível internacional continuará a aumentar.

Esta conferência contou com a participação de cerca de 350 representantes de instituições governamentais e financeiras locais, do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa, bem como com as valiosas opiniões dos participantes, sendo um relevante contributo para a promoção, no futuro, da cooperação financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa e o desenvolvimento em Macau das actividades financeiras com características próprias.

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